 Conta-se que um poeta estava, um dia, passeando ao 
crepúsculo em uma floresta, quando, de repente, surgiu diante dele uma 
aparição do maior dos poetas. O grande poeta disse ao apavorado poeta 
que o destino estava sorrindo para ele e que ele tinha sido escolhido 
para conhecer os segredos do Céu e do Inferno. O grande poeta 
transportou-se então, junto ao poeta, ainda apavorado com experiência 
tão súbita, ao velho e mítico rio que circundava aquela região. Entraram
 em uma canoa e o grande poeta instruiu o poeta para remar até o 
Inferno. Quando chegaram, o poeta estava algo surpreso por encontrar um 
lugar semelhante à floresta onde estavam antes, e não feito de fogo e 
enxofre nem infestado de demônios alados e criaturas exalando fogo, como
 ele pensava.
Conta-se que um poeta estava, um dia, passeando ao 
crepúsculo em uma floresta, quando, de repente, surgiu diante dele uma 
aparição do maior dos poetas. O grande poeta disse ao apavorado poeta 
que o destino estava sorrindo para ele e que ele tinha sido escolhido 
para conhecer os segredos do Céu e do Inferno. O grande poeta 
transportou-se então, junto ao poeta, ainda apavorado com experiência 
tão súbita, ao velho e mítico rio que circundava aquela região. Entraram
 em uma canoa e o grande poeta instruiu o poeta para remar até o 
Inferno. Quando chegaram, o poeta estava algo surpreso por encontrar um 
lugar semelhante à floresta onde estavam antes, e não feito de fogo e 
enxofre nem infestado de demônios alados e criaturas exalando fogo, como
 ele pensava.
O grande poeta pegou o poeta pela mão e levou-o por 
uma trilha. Logo o poeta sentiu, à medida que se aproximava de uma 
barreira de rochas e arbustos, o cheiro de um delicioso ensopado. Junto 
com o cheiro, entretanto, vinham misteriosos sons de lamentações e 
ranger de dentes. Ao contornar as rochas, deparou com uma cena incomum. 
Havia uma grande clareira com muitas mesas grandes e redondas. No meio 
de cada mesa, havia uma enorme panela contendo um ensopado, cujo cheiro o
 poeta havia sentido, e cada mesas estava cercada de pessoas definhadas e
 famintas. Cada pessoa segurava uma colher com a qual tentava comer o 
ensopado. Devido ao tamanho da mesa, entretanto, e por serem as colheres
 compridas de forma a alcançar a panela no centro, o cabo das colheres 
era duas vezes maior que os braços das pessoas. Isso tornava impossível 
para qualquer daquelas pessoas colocarem a comida na boca. Havia muita 
luta e imprecações enquanto cada uma tentava desesperadamente pegar pelo
 menos uma gota do ensopado.
O poeta ficou muito abalado com aquela cena, fechou 
os olhos e suplicou ao grande poeta que o tirasse dali. Em um momento, 
eles estavam de volta à canoa e o grande poeta mostrou ao poeta como 
chegar até o Céu. Quando chegaram, o poeta surpreendeu-se novamente ao 
ver uma cena que não correspondia às suas expectativas. Aquele lugar era
 quase exatamente igual ao que eles tinham acabado de sair. Não havia 
grandes portões de pérolas nem bandos de anjos a cantar. Novamente o 
grande poeta conduziu-o por uma trilha aonde o cheiro de comida vinha de
 trás de uma barreira de rochas e arbustos. Desta vez, entretanto, eles 
ouviram cantos e risadas quando se aproximaram. Ao contornarem a 
barreira, o poeta ficou muito surpreso de encontrar um quadro idêntico 
ao que eles tinham acabado de ver no inferno; grandes mesas cercadas por
 pessoas com colheres de cabos, grandes também, e uma grande panela de 
ensopado no centro de cada mesa. A única e essencial diferença, entre 
aquele grupo de pessoas e o que eles tinham visto no inferno, era que as
 pessoas neste grupo estavam usando sua colheres para alimentar uns aos 
outros.
 
 
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