terça-feira, 20 de maio de 2014

O Mal Existe?

 
 
 
Um professor universitário desafiou seus alunos com esta pergunta:
“Deus criou tudo o que existe?"

Um aluno respondeu valentemente: Sim, Ele fez
Deus criou tudo?, perguntou novamente o professor
Sim senhor, respondeu o jovem

O professor respondeu,
“Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal,
pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são
um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau"

O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz,
se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era um mito

Outro estudante levantou a mão e disse:
Posso fazer uma pregunta, professor?
Lógico, foi a resposta do professor.

O jovem ficou de pé e perguntou: professor, existe o frio?
Que pregunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?

O rapaz respondeu:"
De fato, senhor, o frio não existe.
Segundo as leis da Física, o que consideramos frio,
na realidade é a ausência de calor.

Todo corpo ou objeto é suscetível de estudo quando possui ou transmite energia,
o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia.

O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor,
todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe.

Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor"
E, existe a escuridão? Continuou o estudante.

O professor respondeu: Existe.
O estudante respondeu: Novamente comete um erro, senhor,
a escuridão também não existe.

A escuridão na realidade é a ausência de luz.

“A luz pode-se estudar,a escuridão não,
até existe o prisma de Nichols para decompor a
luz branca nas várias cores de que está composta,
com suas diferentes longitudes de ondas.

A escuridão não. Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina
a superfície onde termina o raio de luz. Como pode saber quão escuro
está um espaço determinado?

Com base na quantidade de luz presente nesse espaço,
não é assim?

Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever
o que acontece quando não há luz presente”
Finalmente, o jovem perguntou ao professor:

Senhor, o mal existe?
O professor respondeu:
Claro que sim, lógico que existe, como disse desde o começo,
vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal.

Ao que o estudante respondeu:
O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo.

O mal é simplesmente a ausência de Deus,
é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o
homem criou para descrever essa ausência de Deus.

Deus não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor,
que existem como existem o calor e a luz.

O mal é o resultado da humanidade não ter
Deus presente em seus corações.

É como acontece com o frio quando não há calor,
ou a escuridão quando não há luz.

Então o professor, depois de balançar a cabeça, ficou calado
O nome do jovem era...
ALBERT EINSTEIN.

Crítica


Convidada a fazer uma preleção sobre a crítica, a conferencista compareceu ante o auditório superlotado, carregando pequeno fardo.
Após cumprimentar os presentes, retirou os livros e a jarra de água de sobre a mesa, deixando somente a toalha branca.
Em silêncio, acendeu poderosa lâmpada, enfeitou a mesa com dezenas de pérolas que trouxera no embrulho e com várias dúzias de flores frescas e perfumadas. Logo após, apanhou na sacola diversos enfeites de expressiva beleza, e enfileirou-os com graça. Em seguida, colocou sobre a mesa um exemplar do Novo Testamento em capa dourada.
Depois, diante do assombro de todos, depositou em meio aos demais objetos uma pequenina lagartixa, num frasco de vidro. Só então se dirigiu ao público perguntando:
O que é que os senhores estão vendo?
E a assembléia respondeu, em vozes discordantes:
Um bicho!
Um lagarto horrível!
Uma larva!
Um pequeno monstro!
Esgotados breves momentos de expectativa, a expositora considerou:
Assim é o espírito da crítica destrutiva, meus amigos! Os senhores não enxergaram o forro de seda alva, que recobre a mesa. Não viram as flores, nem sentiram o seu perfume. Não perceberam as pérolas, nem as outras preciosidades. Não atentaram para o Novo Testamento, nem para a luz faiscante que acendi no início. Mas não passou despercebida, aos olhos da maioria, a diminuta lagartixa...
E, sorridente, concluiu sua exposição esclarecendo:
Nada mais tenho a dizer...
Quantas vezes não nos temos feito cegos para as coisas e situações valorosas da vida.
Autor desconhecido

Crise & oportunidade

Um homem vivia na beira da estrada e vendia cachorros-quentes. Não tinha rádio e, por deficiência de visão, não podia ler jornais. Em compensação, vendia bons cachorros-quentes.
Colocou um cartaz na beira da estrada, anunciando a mercadoria, e ficou por ali gritando quando alguém passava: "Olha o cachorro-quente especial!!!"
E as pessoas compravam. Com isso, aumentou os pedidos de pão e salsicha, e acabou construindo uma mercearia. Então, ao telefonar para o filho que morava em outra cidade e contar as novidades, o filho disse:
- "Pai, o senhor não tem ouvido rádio? Não tem lido jornais? Há uma crise muito séria e a situação internacional é perigosíssima!"
Diante disso, o pai pensou:
- "Meu filho estuda na universidade! Ouve rádio e lê jornais... portanto, deve saber o que está dizendo!"
Então, reduziu os pedidos de pão e salsichas, tirou o cartaz da beira da estrada, e não ficou por ali apregoando os seus cachorros-quentes. As vendas caíram do dia para a noite e ele disse ao filho:
- "Você tinha razão, meu filho, a crise é muito séria!"
Autor desconhecido

Aceita um pedaço????

Serapião era um velho mendigo que perambulava pelas ruas da cidade. Ao seu lado, o fiel escudeiro, um vira lata branco e preto que atendia pelo nome de Malhado. Serapião não pedia dinheiro. Aceitava sempre um pão, uma banana, um pedaço de bolo ou um almoço feito com sobras de comida dos mais abastados.
Quando suas roupas estavam imprestáveis, logo era socorrido por alguma alma caridosa. Mudava a apresentação e era alvo de brincadeiras. Serapião era conhecido como um homem bom, que perdera a razão, a família, os amigos e até a identidade. Não bebia bebida alcoólica, estava sempre tranqüilo, mesmo quando não havia recebido nem um pouco de comida. Dizia sempre que Deus lhe daria um pouco na hora certa e, sempre na hora que Deus determinava, alguém lhe estendia uma porção de alimentos.
Serapião agradecia e rogava a Deus pela pessoa que o ajudava. Tudo que ganhava, dava primeiro para o Malhado, que, paciente, comia e ficava a esperar por mais um pouco. Não tinham onde dormir, onde anoiteciam, lá dormiam. Quando chovia, procuravam abrigo embaixo da ponte do ribeirão Bonito e, ali o mendigo ficava a meditar, com um olhar perdido no horizonte.
Aquela figura me deixava sempre pensativo, pois eu não entendia aquela vida vegetativa, sem progresso, sem esperança e sem um futuro promissor que Serapião levava. Certo dia, com a desculpa de lhe oferecer umas bananas fui bater um papo com o velho Serapião. Iniciei a conversa falando do Malhado, perguntei pela idade dele, o que Serapião, não sabia. Dizia não ter idéia, pois se encontraram um certo dia quando ambos andavam a toa pelas ruas. - Nossa amizade começou com um pedaço de pão - disse o mendigo. Ele parecia estar faminto e eu lhe ofereci um pouco do meu almoço e ele agradeceu abanando o rabo, e daí, não me largou mais. Ele me ajuda muito e eu retribuo essa ajuda sempre que posso.
- Como vocês se ajudam? Perguntei.
- Ele me vigia quando estou dormindo; ninguém pode chegar perto que ele late e ataca. Também quando ele dorme, eu fico vigiando para que outro cachorro não o incomode.
Continuando a conversa, perguntei:
- Serapião, você tem algum desejo de vida?
- Sim - respondeu ele - tenho vontade de comer um cachorro quente, daqueles que a Zezé vende ali na esquina.
- Só isso? Indaguei. - É, no momento é só isso que eu desejo.
- Pois bem, vou satisfazer agora esse grande desejo. Saí e comprei um cachorro quente para o mendigo. Voltei e lhe entreguei. Ele arregalou os olhos, deu um sorriso, agradeceu a dádiva e em seguida tirou a salsicha, deu para o Malhado, e comeu o pão com os temperos. Não entendi aquele gesto do mendigo, pois imaginava ser a salsicha o melhor pedaço.
- Por que você deu para o Malhado logo a salsicha? Perguntei intrigado. Ele, com a boca cheia, respondeu:
- Para o melhor amigo, o melhor pedaço. E continuou comendo, alegre e satisfeito. Despedi-me do Serapião, passei a mão na cabeça do Malhado e saí pensando com meus botões: Aprendi alguma coisa hoje. Como é bom ter amigos. Pessoas em que possamos confiar. E saber reconhecer neles o seu real valor, agindo em consonância. Por outro lado, é bom ser amigo de alguém e ter a satisfação de ser reconhecido como tal. Jamais esquecerei a sabedoria daquele eremita.
PARA O MELHOR AMIGO O MELHOR PEDAÇO...

O Sapato

Um dia um homem já de certa idade abordou um ônibus. Enquanto subia, um de seus sapatos escorregou para o lado de fora. A porta se fechou e o ônibus saiu; então ficou impossível recuperá-lo.
O homem tranqüilamente retirou seu outro sapato e jogou-o pela janela.
Um rapaz no ônibus, vendo o que aconteceu e não podendo ajudar ao homem, perguntou:
- Notei o que o senhor fez. Por que jogou fora seu outro sapato?
O homem prontamente respondeu
- De forma que quem o encontrar seja capaz de usá-los. Provavelmente apenas alguém necessitado dará importância a um sapato usado encontrado na rua. E de nada lhe adiantará apenas um pé de sapato.
O homem mostrou ao jovem que não vale a pena agarrar-se a algo simplesmente para possuí-lo e nem porque você não deseja que outro o tenha.
Perdemos coisas o tempo todo. A perda pode nos parecer penosa e injusta inicialmente, mas a perda só acontece de modo que mudanças, na maioria das vezes positivas, possam ocorrer em nossa vida.
Acumular posses não nos faz melhores e nem faz o mundo melhor. Todos temos que decidir constantemente se algumas coisas devem manter seu curso em nossa vida ou se estariam melhor com outros.
Autor desconhecido

O pescador flautista

Um pescador que gostava mais de música que das redes começou a tocar flauta quando viu peixes no mar. Achava que ouvindo aquilo os peixes iam pular para a praia. Vendo que eles continuavam dentro da água, o pescador pegou uma rede e apanhou um belo cardume, que arrastou para terra.
Quando viu os peixes pulando e batendo a cauda na areia ele sorriu e disse:
- Como vocês não quiseram dançar ao som da minha flauta, também não vou permitir que dancem agora!
Moral: Fazer a coisa certa na hora certa é uma grande arte.

Do livro: Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas

Morte na Empresa

Certa vez uma empresa estava em situação muito difícil. As vendas iam mal, os trabalhadores estavam desmotivados, os balanços há meses não saíam do vermelho. Era preciso fazer algo para reverter o caos, mas ninguém queria assumir nada. Pelo contrário, o pessoal apenas reclamava que as coisas andavam ruins e que não havia perspectivas de progresso na empresa.
Eles achavam que alguém devia tomar a iniciativa de reverter aquele processo. Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme no qual estava escrito:
"Faleceu ontem a pessoa que impedia o seu crescimento e o da empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".
No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava bloqueando o crescimento da empresa. A agitação na quadra de esporte era tão grande que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:
"Quem será que estava atrapalhando meu progresso? Ainda bem que esse infeliz morreu!"
Um a um, os funcionários, agitados, aproximavam-se do caixão, olhavam o defunto e engoliam em seco. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma, e saíam cabisbaixos.
Pois bem! Certamente você já adivinhou que no visor do caixão havia um espelho.
Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: você mesmo!
É muito fácil culpar os outros pelos problemas, mas você já parou prá pensar se você mesmo poderia ter feito algo para mudar a situação? Você é o único responsável por sua vida. Ela foi entregue a você por Deus, e você terá que prestar contas do que fez com ela no final da sua existência.

O que você está fazendo com a sua vida?

domingo, 18 de maio de 2014

Escolhas

Se eu pudesse escolher seria feliz por, pelo menos, oito horas por dia. Todos os dias.
Reservaria o tempo restante para viver as pequenas agruras naturais. Mas seriam leves.
Porque haveria a certeza de que a cada dia eu teria a minha cota de felicidade.

Se eu pudesse escolher reservaria algumas horas, todos os dias, para fazer só o que pudesse fazer os outros felizes. Dedicação total.

Se eu pudesse escolher, pararia qualquer coisa que estivesse fazendo às cinco horas da tarde e me sentaria para assistir ao pôr do sol. Escolheria lugares especiais. Procuraria não me repetir muito.
O horário do pôr do sol seria algo assim, sagrado. O meu horário para observar a Deus.

Se eu pudesse escolher, viveria entre o mar e as montanhas. No meio do caminho. Nem muito longe de um, nem muito longe do outro.
Plantaria flores, teria vasos na janela, muitos livros na cabeceira da cama e á noite, depois do trabalho - sim, porque se eu pudesse escolher trabalharia sempre, produziria sempre - eu me sentaria para contemplar o céu, as estrelas, a noite.

Se eu pudesse escolher, sorriria sempre. Mas choraria também, ás vezes, para não esquecer o que a lágrima significa. Viver só de sorrisos não é uma boa opção.

Se eu pudesse escolher, faria uma declaração de amor todos os dias. Só para sentir aquele sabor de ridículo que nos enche á alma e que é imprescindível á felicidade.

Se eu pudesse escolher, plantaria sementes e "perderia" horas vendo-as germinar e lamentaria por aquelas que não conseguissem se transformar em flor.

Se eu pudesse escolher, viveria a vida de uma forma mais leve, menos dolorosa, mais intensa, menos angustiante.
Nem sempre temos como opções as escolhas que faríamos se pudéssemos escolher. Mas há escolhas que nos são oferecidas sempre.
A de provocarmos sorrisos, de abraçarmos, de dizermos que amamos para quem amamos mesmo que eles não entendam o que é amor.
A possibilidade de transformarmos dentro de nós o cenário e aprendermos que, como não temos muitas escolhas, precisamos viver quinze minutos de felicidade com tanta intensidade que eles possam ser transformados em horas, dias, meses, no tempo que escolheríamos.

Se pudéssemos escolher...

Vou escolher melhor nos próximos anos.
Autor Desconhecido

Dê-lhe sua mão

Um homem estava atolado num pântano no norte da Pérsia. Somente sua cabeça ainda estava fora do lamaçal. Com toda a força dos pulmões, ele gritou por ajuda. Logo acorreu uma multidão de pessoas ao lugar do infortúnio. Uma delas resolveu tentar ajudar o pobre homem.
"Dê-me sua mão", gritou para ele, "eu vou tirá-lo do lamaçal."
Mas o homem que estava atolado na lama continuou gritando por ajuda e não fez nada que permitisse ao moço ajuda-lo.
"Dê-me sua mão", o moço pediu várias vezes.
Mas a resposta era sempre o mesmo grito de desespero por ajuda.
Então outra pessoa aproximou-se e disse:
"O Senhor não vê que ele nunca vai lhe dar a mão? O senhor é que tem de dar a mão a ele. Aí então poderá salvá-lo."

Do livro: O Mercador e o Papagaio
Nossrat Peseschkian - Papirus Editora

Como mudar o mundo

Eis o que conta, de si mesmo,
o sufi Bayazid: "Na juventude,
eu era um revolucionário e assim orava:
‘Dai-me energia, ó Deus, para mudar o mundo!’
Mas notei, ao chegar à meia-idade,
que metade da vida já passara
sem que eu tivesse mudado homem algum.
Então, mudei minha oração, dizendo a Deus:
‘Dai-me a graça, Senhor, de transformar os que
vivem comigo dia a dia,
como minha família e meus amigos;
com isso já ficarei satisfeito...’
Agora que sou velho e tenho os dias contados,
percebo bem quanto fui tolo assim orando.
Minha oração, agora, é apenas esta:
‘Dai-me a graça, Senhor, de mudar a mim mesmo.’
Se eu tivesse rezado assim, desde o princípio,
não teria esbanjado minha vida."
Do livro: Qualidade Começa em Mim
Dr. Tom Chung – Novo Século Editora

Atos gratuitos de amor

Praticar atos gratuitos de amor - que tal?
Disse a meu marido que o amo. Não custou nada.
Pus um bilhete na lancheira do meu filho dizendo como ele é especial. Não custou nada.
Abri a porta da loja para uma senhora em cadeira de rodas. Não custou nada.
Deixei uma lata de biscoitos de presente para o carteiro. Não custou nada.
Dei minha vez na fila do supermercado. Não custou nada.
Telefonei para meu irmão dizendo que estava com saudades. Ele também estava!
Pedi desculpas a um amigo com quem tinha sido agressiva. Custou um pouco, mas deu muita alegria.
Enviei uma carta para o prefeito elogiando sua administração. Não custou nada.
Levei flores e chocolates para uma tia velha. Não custou nada.
Dei passagem para um carro no cruzamento e sorri para o motorista. Não custou nada e ele sorriu de volta.
Comprei um presentinho para minha filha. Era uma coisa de nada, mas ela ficou feliz.
Agradeci ao rapaz que embalou minha compras. Ele ficou satisfeito.
Dei um dia de folga ao meu assistente, mas lhe paguei. Custou só um pouquinho, mas nós dois ficamos contentes.
Convidei uma amiga para um passeio e um cinema. Nós nos divertimos.
Fiz uma massagem relaxante. Me senti maravilhosa.
Atos gratuitos de amor - como me fizeram bem!


SANDY EZRINE
Livro: Histórias para Aquecer o Coração 2
Jack Canfield e Mark Victor Hansen - Editora Sextante

sábado, 17 de maio de 2014

Marcas no Coração

Um jovem estava no centro da cidade, proclamando ter o coração mais belo da região. Uma multidão o cercou e todos admiraram o seu coração.Não havia marca ou qualquer outro defeito. Todos concordaram que aquele era o coração mais belo que já tinham visto.
O jovem ficou muito orgulhoso por seu belo coração. De repente, um velho apareceu diante da multidão e disse:
-- Por que o coração do jovem não é tão bonito quanto o meu?
A multidão e o jovem olharam para o coração do velho, que estava batendo com vigor, mas tinha muitas cicatrizes. Havia locais em que pedaços tinham sido removidos e outros tinham sido colocados no lugar, mas estes não encaixavam direito, causando muitas irregularidades. Em alguns pontos do coração, faltavam pedaços.
O jovem olhou para o coração do velho e disse:
-- O senhor deve estar brincando... compare nossos corações. O meu está perfeito, intacto e o seu é uma mistura de cicatrizes e buracos!
-- Sim, - disse o velho. - olhando, o seu coração parece perfeito, mas eu não trocaria o meu pelo seu. Veja, cada cicatriz representa uma pessoa para a qual eu dei o meu amor. Tirei um pedaço do meu coração e dei para cada uma dessas pessoas. Muitas delas deram-me também um pedaço do próprio coração para que eu colocasse no meu, mas, como os pedaços não eram exatamente iguais, há irregularidades. Mas eu as estimo, porque me fazem lembrar do amor que compartilhamos. Algumas vezes, dei pedaços do meu coração a quem não me retribuiu. Por isso, há buracos. Eles doem. Ficam abertos, lembrando-me do amor que senti por essas pessoas... um dia espero que elas retribuam, preenchendo esse vazio. E aí, jovem? Agora você entende o que é a verdadeira beleza?
O jovem ficou calado e lágrimas escorriam pelo seu rosto. Ele aproximou-se do velho. Tirou um pedaço de seu perfeito e jovem coração e ofereceu ao velho, que retribuiu o gesto. O jovem olhou para o seu coração, não mais perfeito como antes, mas mais belo que nunca.
Os dois se abraçaram e saíram caminhando lado a lado.
Como deve ser triste passar a vida com o coração intacto.

Autor desconhecido.

A Amor

Um pescador certa vez pescou um salmão. Quando viu seu extraordinário tamanho, exclamou: "Que peixe maravilhoso! Vou levá-lo ao Barão! Ele adora salmão fresco."

O pobre peixe consolou-se, pensando: "Ainda posso ter alguma esperança."

O pescador levou o peixe à propriedade do nobre, e o guarda na entrada perguntou: "O que tem aí?"

"Um salmão", respondeu o pescador, orgulhoso.

"Ótimo", disse o guarda. "O Barão adora salmão fresco."

O peixe deduziu que havia motivos para ter esperança. O pescador entrou no palácio, e embora o peixe mal pudesse respirar, ainda estava otimista. Afinal, o Barão adora salmão, pensou ele.

O peixe foi levado à cozinha, e todos os cozinheiros comentaram o quanto o Barão gostava de salmão. O peixe foi colocado sobre a mesa e quando o Barão entrou, ordenou: "Cortem fora a cauda, a cabeça, e abram o salmão."

Com seu último sopro de vida, o peixe gritou em desespero: "Por que você mente? Se realmente me ama, cuide de mim, deixe-me viver. Você não gosta de salmão, gosta de si mesmo!"

Se você acredita, parece verdade

Quantas vezes já dissemos: "Eu sou assim mesmo" ou "É, as coisas são assim". Essas frases na realidade estão dizendo que isso é o que acreditamos como verdade para nós, e, geralmente, aquilo em que acreditamos não passa da opinião de outra pessoa que incorporamos em nosso sistema de crenças. Sem dúvida, ele se ajusta a todas as outras coisas em que cremos.
Você é uma dessas pessoas que acordam numa certa manhã, veem que está chovendo e dizem: "Que dia miserável"?
Não é um dia miserável. É apenas um dia molhado. Se usarmos as roupas apropriadas e mudarmos nossa atitude, podemos nos divertir bastante num dia chuvoso. Agora, se nossa crença for a de que dias de chuva são miseráveis, sempre receberemos a chuva de mau humor. Lutaremos contra o dia em vez de acompanharmos o fluxo do que está acontecendo no momento.
Não existe "bom" ou "mau" tempo, existe somente o clima e nossas reações individuais a ele.
Se quisermos uma vida alegre, precisamos ter pensamentos alegres. Se quisermos uma vida próspera, precisamos ter pensamentos de prosperidade. Se quisermos uma vida com amor, precisamos ter pensamentos de amor. Tudo o que enviamos para o exterior, mental ou verbalmente, voltará a nós numa forma igual.

Do livro: Você pode curar sua vida - Louise L. Hay
Editora Best Seller

Socorro do céu

Montado em seu cavalo, o fazendeiro dirigia-se à cidade como fazia frequentemente, a fim de cuidar de seus negócios.
Nunca prestara atenção àquela casa humilde, quase escondida num desvio, à margem da estrada. Naquele dia experimentou insistente curiosidade.
Quem morava ali?
Cedendo ao impulso, aproximou-se. Contornou a residência e, sem desmontar, olhou por uma janela aberta e viu uma garotinha de aproximadamente dez anos, ajoelhada, de mãos postas, olhos lacrimejantes...
- Que faz você aí, minha filha?
- Estou orando a Deus, pedindo socorro... Meu pai morreu, minha mãe está doente, meus quatro irmãos têm fome...
- Que bobagem! - disse o fazendeiro. - O Céu não ajuda ninguém! Está muito distante... Temos que nos virar sozinhos!
Embora irreverente e um tanto rude, era um homem de bom coração. Compadeceu-se, tirou do bolso boa soma em dinheiro e o entregou à menina.
- Aí está. Vá comprar comida para os irmãos e remédio para a mamãe! E esqueça a oração.
Isto feito, retornou à estrada. Antes de completar duzentos metros, decidiu verificar se sua orientação estava sendo observada.
Para sua surpresa, a pequena devota continuava de joelhos.
- Ora essa, menina! Por que não vai fazer o que recomendei? Não lhe expliquei que não adianta pedir?
E a menina, feliz, respondeu:
- Já não estou mais pedindo, estou apenas agradecendo. Pedi a Deus e ele enviou o senhor!

Autor desconhecido

Se você me ama, me diga!

Jerry não se esqueceu daquele dia de inverno em que nevava e seu filho mais velho quase sofreu um acidente sério. Jeff mal tinha um ano de carteira e isso deixava Jerry nervoso toda vez que o rapaz saía de carro. A proximidade com o desastre aumentou sua ansiedade.
Um dia, logo depois do quase acidente, Jeff disse ao pai que ia a uma festa e voltaria tarde.
- Dirija com cuidado! – Jerry advertiu.
Jeff virou-se para o pai com um olhar de tristeza e perguntou:
- Por que você sempre diz isso?
- Digo o quê?
- "Dirija com cuidado." É como se você não confiasse em mim dirigindo.
- Não, filho, não é nada disso – Jerry explicou. – É só uma maneira de dizer "Eu te amo".
- Olhe, papai, se você quer dizer que me ama, diga isso! Se não, posso confundir a mensagem.
- Mas... – Jerry hesitou. – E se seus amigos estiverem com você? Se eu disser "Eu te amo", você pode ficar sem graça.
- Nesse caso, papai, quando estiver se despedindo, basta colocar sua mão perto do coração e eu vou fazer a mesma coisa –Jeff sugeriu.
Jerry entendeu que seu filho, tanto quanto ele, queria expressar seu amor.
- Estamos combinados – ele disse.
Alguns dias depois, Jeff estava pronto para sair de novo, dessa vez com um amigo.
- Papai, pode me emprestar o carro? – ele pediu.
- Claro – Jerry respondeu. – Aonde você vai?
- Ao centro da cidade.
Jerry lhe deu as chaves.
- Jeff, divirta-se – disse o pai, colocando discretamente a mão perto do coração.
Jeff fez a mesma coisa.
- Claro, papai.
Jerry piscou. E Jeff, chegando perto do pai, falou baixinho:
- Piscar não faz parte do nosso trato.
Jerry ficou meio surpreso.
- Tudo bem, papai, até mais tarde – Jeff disse enquanto se dirigia à porta.
Antes de sair, ele se virou – e piscou.

Mitch Anthony
Histórias para Aquecer o Coração dos Pais
Jack Canfield & Mark V. Hansen & Jeff Aubery & Mark & Chrissy Donnelly
Editora Sextante

Saber Viver - Tese de Guerdjef

Tese de um pensador russo chamado Guerdjef, que no início do século passado já falava em autoconhecimento e na importância de se saber viver.
Dizia Guerdjef: "Uma boa vida tem como base o sentido do que queremos para nós em cada momento e daquilo que, realmente, vale como principal."
Assim dizendo, ele traçou 20 regras de vida que foram colocadas em destaque no Instituto Francês de Ansiedade e Stress, em Paris.

Dizem os "experts" em comportamento que quem já consegue assimilar 10 delas, com certeza aprendeu a viver com qualidade.

1. Faça pausas de dez minutos a cada duas horas de trabalho, no máximo. Repita essas pausas na vida diária e pense em você, analisando suas atitudes.

2. Aprenda a dizer não sem se sentir culpado ou achar que magoou. Querer agradar a todos é um desgaste enorme.

3. Planeje seu dia, sim, mas deixe sempre um bom espaço para o imprevisto, consciente de que nem tudo depende de você.

4. Concentre-se em apenas uma tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus quadros mentais, você se exaure.

5. Esqueça, de uma vez por todas, que você é imprescindível. No trabalho, em casa, no grupo habitual. Por mais que isso lhe desagrade, tudo anda sem a sua atuação, a não ser você mesmo.

6. Abra mão de ser o responsável pelo prazer de todos. Não é você a fonte dos desejos, o eterno mestre de cerimônias.

7. Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas.

8. Diferencie problemas reais de problemas imaginários e elimine-os porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.

9. Tente descobrir o prazer de fatos cotidianos como dormir, comer e tomar banho, sem também achar que é o máximo a se conseguir na vida.

10. Evite se envolver na ansiedade e tensão alheias enquanto ansiedade e tensão. Espere um pouco e depois retome o diálogo, a ação.

11. Família não é você, está junto de você, compõe o seu mundo, mas não é a sua própria identidade.
12. Entenda que princípios e convicções fechadas podem ser um grande peso, a trave do movimento e da busca.

13. É preciso ter sempre alguém em que se possa confiar e falar abertamente ao menos num raio de cem quilômetros. Não adianta estar mais longe.

14. Saiba a hora certa de sair de cena, de retirar-se do palco, de deixar a roda. Nunca perca o sentido da importância sutil de uma saída discreta.

15. Não queira saber se falaram mal de você e nem se atormente com esse lixo mental; escute o que falaram bem, com reserva analítica, sem qualquer convencimento.

16. Competir no lazer, no trabalho, na vida a dois, é ótimo… para quem quer ficar esgotado e perder o melhor.

17. A rigidez é boa na pedra, não no homem. A ele cabe firmeza, o que é muito diferente.

18. Uma hora de intenso prazer substitui com folga 3 horas de sono perdido. O prazer recompõe mais que o sono. Logo, não perca uma oportunidade de divertir-se.

19. Não abandone suas 3 grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fé!

20. E entenda de uma vez por todas, definitiva e conclusivamente: "Você é o que se fizer ser!"

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Síndrome de Procusto

Na mitologia grega, um gigante chamado Procusto convidava pessoas para passarem a noite em sua cama de ferro. Mas havia uma armadilha nesta hospitalidade: ele insistia que os visitantes coubessem, com perfeição, na cama. Se eram muito baixos, ele os esticava; se eram altos, cortava suas pernas.
Por mais artificial que isto possa parecer, será que não gastamos um bocado de energia emocional tentando alterar ou "enquadrar" outras pessoas de formas diversas, embora menos drásticas?
Esperamos, com freqüência, que os outros vivam segundo nossos padrões e ideais, ajustando-se aos nossos conceitos de como eles deveriam ser. Ou então, assumimos a responsabilidade de torná-los felizes, bem ajustados e emocionalmente saudáveis.
A verdade é que grande parte dos atritos que existem nos relacionamentos acontecem quando tentamos impor nossa vontade aos outros - quando tentamos administrá-los e controlá-los.
De tempos em tempos, em graus variados, assumimos responsabilidades que não nos pertencem. Tentamos dirigir a vida das outras pessoas, com a intenção de influenciar tudo, desde a dieta até a escolha de roupas, decisões financeiras e profissionais. Tomamos partido e ficamos excessivamente envolvidos, até encontramos ou criamos problemas onde não existem para poder criticar e oferecer conselhos.
É preciso entender que ninguém muda até que deseje fazê-lo, esteja disposto a mudar e pronto, para tomar as atitudes necessárias para efetuar a mudança. E por este motivo que o resultado de nosso "procustianismo" é, contudo, sempre o mesmo. Estamos destinados a fracassar em nossos esforços para controlar ou modificar alguém, não importa o quanto sejam nobres nossas intenções. E estamos destinados a terminar num turbilhão - frustrados, ressentidos e cheios de auto-piedade.
E o que dizer das pessoas que tentamos orientar? Por outro lado, mostramos falta de respeito por seus direitos como indivíduos, privando-as da oportunidade de aprender através de suas próprias escolhas, decisões e erros. Em resumo, nosso relacionamento com aqueles com os quais declaramos nos preocupar profundamente torna-se desarmonioso e forçado.
Permita que os outros vivam sua vida, enquanto vivemos a nossa - viva e deixe viver.
Autor desconhecido

Questão da prova

Olhem o que um professor é capaz de fazer. O fato narrado abaixo é real e aconteceu em um curso de Engenharia da USJT (Universidade São Judas Tadeu), tornando-se logo uma das "lendas" da faculdade...
Na véspera de uma prova, 4 alunos resolveram chutar o balde: iriam viajar. Faltaram a prova e então resolveram dar um "jeitinho". Voltaram a USJT na terça, sendo que a prova havia ocorrido na segunda. Então dirigiram-se ao professor:
- Professor, fomos viajar, o pneu furou, não conseguimos consertá-lo, tivemos mil problemas, e por conta disso tudo nos atrasamos, mas gostaríamos de fazer a prova.
O professor, sempre compreensivo:
- Claro, vocês podem fazer a prova hoje a tarde, após o almoço.
E assim foi feito. Os rapazes correram para casa e se racharam de tanto estudar, na medida do possível. Na hora da prova, o professor colocou cada aluno em uma sala diferente e entregou a prova:
Primeira pergunta, valendo 1 ponto: algo sobre a Lei de Ohm. Os quatro ficaram contentes pois haviam visto algo sobre o assunto. Pensaram que a prova seria muito fácil e que haviam conseguido se "dar bem".
Segunda pergunta, valendo 9 pontos: "Qual pneu furou?"

Autor desconhecido

terça-feira, 13 de maio de 2014

Valorizando a Vida

Conta a lenda que um rico mandarim chinês encheu-se de tédio pela sua vida fautosa e pelo seu poder sem limites. Nada mais despertava seu interesse, não sentia prazer por coisa alguma. Seus desejos, mal eram formulados e já estavam realizados. Tinha perdido sua ligação com a vida e não havia nele a vontade de viver. Percebeu a insensatez e a inutilidade de sua existência e temeu ficar louco. Para acabar com o sofrimento, o rico mandarim ordenou ao seu barbeiro que, num dia qualquer, sem nenhum aviso, ao fazer-lhe a barba, cortasse-lhe a garganta.
Era uma ordem e tinha que ser obedecida.
Nos primeiros dias, o mandarim se fez barbear com toda tranqüilidade, pois não esperava que a ordem fosse cumprida de imediato, mas, à medida que o tempo avançava, começou a se perguntar se o dia seria amanhã.
O entendido mandarim passou então a viver cada dia como se fosse o último, e livre da "obrigação de viver", o rico mandarim se pode permitir ver como era lindo o amanhecer, como eram diferentes os tons de verde dos seus campos, como era alegre o canto dos pássaros e como eram belas as suas cores, como eram imponentes e cheios de força os rios que cortavam suas propriedades. Viu também toda a beleza de uma tormenta, numa exibição gratuita de energia e violência. Viu também que tinha um corpo e se deu conta de que, só tendo um corpo capaz de sentir, podia viver a beleza da vida. Por tudo isso valia a pena viver!
Agora o barbear era uma agonia e, embora tivesse dado uma contra-ordem ao barbeiro, mandou decapitá-lo, por via das dúvidas.

Viver como as flores

Mestre, como faço para não me aborrecer?
Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes.
Algumas são indiferentes.
Sinto ódio das que são mentirosas.
Sofro com as que caluniam.
Pois viva como as flores, advertiu o mestre.
Como é viver como as flores?
Perguntou o discípulo.
Repare nestas flores, continuou o mestre, apontando lírios que cresciam no jardim.
Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas.
Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas.
É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem.
Os defeitos deles são deles e não seus.
Se não são seus, não há razão para aborrecimento.
Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora.
Isso é viver como as flores.

Autor desconhecido

Woo Sing e o Espelho

Um dia, o pai de Woo Sing chegou em casa com um espelho trazido da cidade grande.
Woo Sing nunca vira um espelho na vida. Dependuraram-no na sala enquanto ele estava brincando lá fora; quando voltou, não compreendeu o que era aquilo, pensando estar na presença de outro menino.
Ficou muito alegre, achando que o menino viera brincar com ele.
Ele falou muito amigavelmente com o desconhecido, mas não teve resposta.
Riu e acenou para o menino no vidro, que fazia a mesma coisa, exatamente da mesma maneira.
Então, Woo Sing pensou: "Vou chegar mais perto. Pode ser que ele não esteja me escutando." Mas quando começou a andar, o outro menino logo o imitou.
Woo Sing estacou e ficou pensando nesse estranho comportamento. E disse para si mesmo:
"Esse menino está zombando de mim; faz tudo o que eu faço!"
E quanto mais pensava, mais zangado ficava. E logo reparou que o menino estava zangado também.
Isso acabou de exasperar Woo Sing! Deu um tapa no menino, mas só conseguiu machucar a mão, e foi chorando até seu pai. Este lhe disse:
- O menino que você viu era a sua própria imagem. Isso deve ensinar você uma importante lição, meu filho. Tente não perder a cabeça com as outras pessoas. Você bateu no menino no vidro e só conseguiu machucar a si mesmo.
"E lembre-se: na vida real, quando você agride sem motivo, o mais magoado é você mesmo."

Extraído de: O Livro das Virtudes II - O Compasso Moral

A Borboleta Orgulhosa

A borboletinha era uma beleza, mas achava-se uma beldade. Devia, pelo menos, ser tratada como a rainha das borboletas, para que se sentisse satisfeita. Quanta vaidade, meu Deus!
Não tinha amigos, pois qualquer mariposa que se aproximasse dela era alvo de risinhos e de desprezo.
- Que está fazendo em minha presença, criatura? Não vê que sou mais bela e elegante do que você? costuma ela dizer, fazendo-se de muito importante.
Nem os seus familiares escapavam. Mantinha à distância os seus próprios pais e irmãos, como se ela não houvesse nascido naturalmente, mas tivesse sido enviada diretamente do céu. Tratava-os com enorme frieza, como quem faz um favor, quando não há outro remédio.
- Sim, você é formosa, borboletinha, mas não sabe usar essa qualidade como deveria. Isso vai destruí-la! previniu-a solenemente um sábio do bosque.
A borboletinha não deu muita importância às palavras do sábio. Mas uma leve inquietação aninhou-se em seu coração. Respeitava aquele sábio e temia que ele tivesse razão. Mas logo esqueceu esses pensamentos e continuou sua atitude habitual.
Um dia, a profecia do sábio cumpriu-se. Um rapazinho esperto surpreendeu-a sozinha voando pelo bosque. Achou-a magnífica e com sua rede apoderou-se dela. Como é triste ver a borboletinha vaidosa atravessada por um alfinete, fazendo parte da coleção do rapaz!
Cada um tem aquilo que merece. Não adianta pôr a culpa de nossos erros nos outros, no destino, em Deus ou na má sorte. Cada um é responsável pelo seu próprio sucesso ou fracasso.

Sobre dinheiro...

Com dinheiro você pode comprar uma casa, mas não um lar.
Com dinheiro você pode comprar um relógio, mas não tempo.
Com dinheiro você pode comprar uma cama, mas não o sono.
Com dinheiro você pode comprar um livro, mas não conhecimento.
Com dinheiro você pode ir ao médico, mas não comprar saúde.
Com dinheiro você pode comprar uma posição, mas não o respeito.
Com dinheiro você pode comprar sangue, mas não a vida.
Com dinheiro você pode comprar sexo, mas não amor.
(Provérbios Chineses) 

O lobo e a cabra


Um lobo viu uma cabra pastando em cima de um rochedo escarpado e, como não tinha condições de subir até lá, resolveu convencer a cabra a vir mais para baixo.
– Minha senhora, que perigo! – disse ele numa voz amistosa. – Não seja imprudente, desça daí! Aqui embaixo está cheio de comida, uma comida muito mais gostosa.
Mas a cabra conhecia os truques do esperto lobo.
– Para o senhor, tanto faz se a relva que eu como é boa ou ruim! O que o senhor quer é me comer!
 

Moral: Cuidado quando um inimigo dá um conselho amigo.

O leopardo e a raposa

Uma raposa e um leopardo estavam deitados descansando depois de um laudo jantar e se distraíam falando da própria beleza. O leopardo tinha muito orgulho de sua pele lustrosa e toda pintada, e dizia à raposa que ela era completamente sem graça. A raposa se orgulhava da bela cauda estufada com a pontinha branca, mas tinha o bom senso de reconhecer que não chegava aos pés do leopardo em matéria de aparência. Mesmo assim, continuou com suas brincadeiras, fazendo troça do outro só pelo prazer da discussão e para não perder a prática. O leopardo já estava quase perdendo a paciência quando a raposa levantou bocejando e disse:
- Você pode ter um pêlo muito requintado, mas estaria mais bem servido se tivesse um pouquinho mais de requinte dentro da cabeça e menos ao redor das costelas, como eu. Para mim, beleza de verdade é isso.

Moral: Nem sempre bela embalagem anuncia belo recheio.

Aceitação

Uma mãe foi a um jantar na casa de seu filho que dividia o apartamento com um amigo. Durante o jantar ela não podia deixar de notar como o amigo do seu filho era bonito. Ela suspeitava da sexualidade do seu filho, mas sendo uma boa mãe ela sentiu que ele deveria contar para ela quando ele se sentisse à vontade para tal. Mas vendo os dois juntos só a deixou mais curiosa.
Durante a agradável noite, vendo tamanha intimidade entre os dois, ela ficou mais curiosa ainda se havia realmente algo ali além de amizade.
Seu filho, percebendo a curiosidade de sua mãe logo disse: "Mãe, eu sei o que você está pensando e pode esquecer, somos só amigos e nada mais."
Uma semana depois o amigo que dividia o apartamento disse ao filho: "Desde que sua mãe esteve aqui, sumiu a travessa de prata. Você acha que foi ela?"
O filho respondeu: "Tenho certeza que não, mas vou mandar um email para ela só para garantir". Ele sentou e escreveu:
"Oi mãe,
Não estou dizendo que você pegou a travessa de prata da minha casa, e nem dizendo que você não pegou, mas o fato é que desde que você esteve aqui para jantar, ela sumiu.
Beijos,
Seu Filho"
Dois dias depois ele recebeu a resposta da mãe:
"Querido filho,
Não estou dizendo que você dorme com o seu amigo, e nem dizendo que não dorme com ele, e você sabe que eu te amo de qualquer maneira. Mas o fato é que se ele estivesse dormindo na cama do quarto dele, ele teria encontrado a travessa embaixo do travesseiro.
Quando vocês dois vem aqui em casa para jantar?
Beijos,
Mamãe."
Autor Desconhecido

domingo, 11 de maio de 2014

Mamãe sabe tudo

No início da década de 1980, eu era gerente de vendas de uma grande companhia de treinamento. Uma das minhas responsabilidades era treinar pessoas na área de vendas. Eu era bom no meu trabalho. Ensinava às pessoas que falta de tempo e de oportunidade eram apenas desculpas por não se ter produzido resultados.
Minha mãe, que morava perto de mim, é uma imigrante grega que vem de uma família de 12 filhos. Ela estudou apenas até o 3° ano primário. Sua grande provação ao vir para seu novo país era estar separada dos amigos e dos parentes, alguns dos quais também vieram, mas a cidade era grande e eles moravam muito distante. O ponto alto de cada semana era o domingo, quando ela enfrentava um trajeto de uma hora de ônibus para ir até a igreja. Depois do culto, enquanto tomava uma xícara de café grego, ela e as amigas conversavam sobre os últimos acontecimentos, fofocavam e contavam histórias sobre suas famílias. Ela fez isso durante trinta anos.
A população grega da nossa região cresceu o suficiente para que se pensasse em construir uma nova igreja no nosso bairro. Os membros do comitê decidiram levantar o capital inicial vendendo bilhetes de uma rifa. Minha mãe agarrou a chance de participar. Ela não tinha treinamento formal na arte de vendas, mas isso nunca passou pela sua cabeça. Seu plano era simples: oferecer bilhetes para o maior número de pessoas possível e fazê-las sentir-se culpadas se não comprassem.
Foi aí que eu entrei em cena. Ela disse que eu era muito importante e que devia conhecer muitas pessoas. Deu-me dez talões com dez bilhetes cada, com o preço unitário de um dólar, fazendo um total de cem dólares. Uma semana depois, eu apareci com apenas metade dos bilhetes vendidos. Grande erro!
– Se pelo menos eu tivesse mais tempo, eu poderia vender todos estes bilhetes que você me deu – eu disse à minha mãe. – Eu simplesmente não tenho tempo.
– Conversa fiada (pelo menos foi o equivalente em grego para conversa fiada). Ou você faz uma coisa ou tem um monte de desculpas para dizer por que não fez – minha mãe disparou de volta. – Você arranjou tempo para jantar fora, assistir televisão, correr e ir ao cinema. O que o tempo tem a ver com isto? Nada! Você pensa que é tão esperto com todo o seu estudo e seu emprego importante, mas não consegue nem mesmo dizer a verdade.
Depois de falar todas essas verdades, ela começou a chorar. Fiquei desolado. Concordei, na hora, em comprar o resto dos bilhetes. Ela parou de chorar imediatamente e disse:
– Quando você quiser alguma coisa, faça qualquer coisa para conseguir, até mesmo chorar. – Sorriu e continuou: – Eu sabia que, se chorasse, iria funcionar com você, e por ser tão patético com suas desculpas aqui estão mais dez talões. Agora vá e venda todos.
Como gerente de vendas, eu perdia feio para minha mãe.
Ela continuou, demonstrando que não arranjando desculpas poderia produzir resultados extraordinários. Ela conseguiu vender mais do que qualquer outro voluntário, fazendo uma média de 14 por 1. Vendeu sete mil bilhetes. Sua ameaça mais próxima foi um vizinho que vendeu quinhentos.
Aprendi um novo nível de distinção entre tempo e resultados. Eu sempre quis ter o meu próprio negócio, mas dizia constantemente que não era a melhor hora e que não tinha dinheiro. Porém, eu continuava a ouvir a voz da minha mãe na minha cabeça: "Ou você faz uma coisa ou tem um monte de desculpas para dizer por que não fez".
Seis meses depois, saí do meu emprego e comecei o meu próprio negócio, treinando as pessoas em como administrar o tempo. Que outro campo eu poderia ter escolhido?

 
Do livro: Espírito de Cooperação no Trabalho

Mãe só por um dia

Sendo mãe de três lindas crianças, tenho muitas lembranças especiais para contar. Mas foi com uma criança que não era minha que vivi um momento especial pelo qual tenho muito carinho.
Recomendado pela residência para meninos onde morava, Michael veio, no último verão, para a nossa colônia de férias que reunia crianças com baixa autoestima. Aos doze anos, já passara por maus momentos. Órfão de mãe, o pai o trouxera de um país destruído pela guerra para os Estados Unidos, para que pudesse ter "uma vida melhor". Infelizmente, fora entregue a uma tia, que o maltratara física e emocionalmente. Tornou-se um menino insubordinado e hostil, com pouca responsabilidade e acreditando que não era amado.
Na colônia, ela andava com outros garotos problemáticos e desordeiros, uma verdadeira gangue, um desafio para os supervisores. Mas nós procurávamos aceitá-los e amá-los como eram. Entendíamos que seu comportamento era um reflexo do quanto foram maltratados. Colocávamos limites com firmeza, mas afetuosamente.
Pela quinta noite da nossa experiência de uma semana, combinamos com as crianças um acampamento sob as estrelas. Michael disse que ia ser uma chatice e que não iria. Aceitei sua recusa, para não criar problema e mantivemos o programa com os outros.
Chegando a noite, a lua no céu, as crianças começaram a arrumar os sacos de dormir sobre um enorme deque perto do lago. Vi Michael se aproximando, sozinho, a cabeça baixa. Ele veio rapidamente em minha direção e, antes que falasse alguma coisa, eu disse: "Michael, vamos pegar seu saco de dormir e achar um bom lugar para você perto de seus amigos."
"Não tenho saco de dormir", ele falou baixinho.
"Isso não é problema! Vamos abrir umas sacolas e pegar uns cobertores!"
Imaginei ter resolvido o dilema e fui andando. Michael segurou minha blusa e me afastou do grupo.
"Anne, preciso lhe contar uma coisa." Vi a hostilidade no rosto daquele menino endurecido se desmanchar e, baixinho, ele continuou: "Anne, tenho um problema...Eu... eu faço xixi na cama, molho o lençol todas as noites."
Extremamente emocionada, coloquei o braço em torno do seu ombro e agradeci por ele ter tido confiança em mim. Disse que compreendia seu problema e perguntei como poderia ajudá-lo. Juntos, combinamos que ele poderia dormir sozinho em sua cabana, sem que os outros meninos percebessem.
Voltei com ele para a cabana e, no caminho, perguntei se não estava com medo de dormir sozinho. Michael me afirmou que isto não era nada perto das situações que já enfrentara nos seus doze anos de vida. Virei o colchão, protegi-o com um plástico e, enquanto colocávamos na cama seu último jogo limpo de lençóis, conversamos sobre as dificuldades por que passara e sobre seu desejo de que o futuro fosse diferente. Segurando sua mão, afirmei que ele tinha a força necessária para fazer de sua vida o melhor possível. O menino hostil e endurecido transformou-se numa criança doce e afetuosa.
Michael se deitou e eu o cobri, puxando o cobertor até o queixo. Acariciei seus cabelos e beijei sua testa. "Boa noite, Michael, fique sabendo que você é um garoto maravilhoso!"
Ele se remexeu e suspirou fundo: "Boa noite. Sabe que, desde que minha mãe morreu, ninguém tinha feito isso comigo. Obrigado por tudo."
"De nada, querido", respondi, abraçando-o. Eu chorava quando me virei para sair, levando três conjuntos de lençóis, sujos. Não tornei a ver Michael depois da colônia, mas rezo por ele todos os dias, desejando que aquele momento de afeto e acolhida tenham podido contribuir para sua felicidade.

Anne Jordan - Histórias para Aquecer o Coração das Mães

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Papéis trocados

Mary tinha um marido muito machista. Ambos trabalhavam em horário integral, mas ele não a ajudava em nada que se referisse à casa, muito menos no serviço doméstico. Isso, ele dizia, era trabalho de mulher.
Mas, numa noite, Mary chegou e encontrou as crianças já de banho tomado, a máquina de lavar batendo roupas, um outro tanto na secadora. O jantar estava pronto e a mesa lindamente posta, até com um arranjo de flores.
Mary ficou atônita, e imediatamente quis saber que milagre era aquele. Acontece que Charley, o marido, lera um artigo de revista segundo o qual mulheres que trabalham fora se comportariam de maneira mais romântica se não ficassem tão cansadas, tendo de fazer todo o serviço de casa depois de darem duro o dia inteiro.
No dia seguinte, Mary mal podia esperar para contar a novidade às colegas do escritório.
- Como foi? – elas perguntaram.
- Bem, o jantar foi ótimo – Mary disse. – Charley inclusive lavou a louça, ajudou as crianças com os deveres da escola, dobrou a roupa limpa e pôs tudo nos lugares.
- Mas e depois? – as amigas queriam saber.
- Não aconteceu nada – Mary disse. – Charley estava cansado demais.

The Best of Bits & Pieces

O ursinho e as abelhas

Um filhote de urso estava passeando pela floresta quando viu um buraco no tronco de uma árvore.
Olhando mais de perto, reparou que uma porção de abelhas entravam e saíam constantemente do buraco. algumas permaneciam em frente à entrada como se estivessem montando guarda. Outras chegavam voando e entravam. Outras ainda saíam e sumiam pela floresta a dentro.
Cada vez mais curioso, o ursinho pôs-se em pé nas patas traseiras, meteu o focinho no buraco, farejou e depois enfiou uma pata.
Quando retirou a pata ela estava lambusada de mel.
Porém mal começara a lambê-la quando um enxame de abelhas enfurecidas saiu do buraco e atacou-o, mordendo-lhe o focinho, as orelhas, a boca, todo ele.
O ursinho tentou defender-se, mas se enxotava as abelhas para um lado elas voltavam e atacavam pelo outro. Enfurecido, tentou vingar-se através de golpes pelos dois lados. Porém, querendo atingir a todas, não conseguiu derrubar nenhuma. Finalmente rolou pelo chão até que, vencido pelo medo e pela dor das picadas, voltou correndo e chorando para junto de sua mãe.

Leonardo da Vinci

Abrindo a Porta

Numa terra em guerra, havia um rei que causava espanto.
Cada vez que fazia prisioneiros, não os matava, levava-os a uma sala, que tinha um grupo de arqueiros em um canto e uma imensa porta de ferro do outro, na qual haviam gravadas figuras de caveiras.
Nesta sala ele os fazia ficar em círculo, e então dizia:
- Vocês podem escolher morrer flechados por meus arqueiros, ou passarem por aquela porta e por mim lá serem trancados.
Todos os que por ali passaram, escolhiam serem mortos pelos arqueiros.
Ao término da guerra, um soldado que por muito tempo servira o rei, disse-lhe:
Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?
- Diga, soldado.
- O que havia por trás da assustadora porta?
- Vá e veja.
O soldado então a abre vagarosamente, e percebe que a medida que o faz, raios de sol vão adentrando e clareando o ambiente, até que totalmente aberta, nota que a porta levava a um caminho que sairia rumo a liberdade.
O soldado admirado apenas olha seu rei que diz:
Eu dava a eles a escolha, mas preferiram morrer a arriscar abrir esta porta.
Quantas portas deixamos de abrir pelo medo de arriscar ?
Quantas vezes perdemos a liberdade, apenas por sentirmos medo de abrir a porta de nossos sonhos?

Autor desconhecido