
Minha mãe fez o melhor que pôde para aguçar minha imaginação
sobre a gardênia. Queria que suas crianças fossem criativas. Também queria que
tivéssemos a sensação de sermos estimados e amados, não apenas por ela, mas pelo
mundo todo. Quando fiz 17 anos, um menino machucou meu coração. Naquela noite
tudo o que eu queria era dormir. Quand
o acordei pela manhã, havia uma mensagem,
feita com batom, em meu espelho: "Saiba, quando meio-deus se vai, os deuses
chegam". Pensei sobre essa frase por muito tempo, e a deixei onde minha mãe a
escreveu até que meu coração se curasse. Quando eu limpei o vidro, minha mãe
sabia que tudo estava bem novamente.
Mas havia algumas feridas que minha mãe não poderia curar. Um
mês antes de minha formatura, meu pai morreu, repentinamente, de um ataque de
coração. Me desinteressei completamente por minha formatura e pelo baile, pelo
qual eu tinha esperado muito.
Minha mãe, em meio à seu próprio sofrimento, não admitia que eu
faltasse. Um dia antes da morte de meu pai, ela e eu saímos para comprar um
vestido para o baile e encontramos um espetacular. Mas era do tamanho errado, e
quando meu pai morreu, no dia seguinte, eu me esqueci do vestido.
Minha mãe não. Um dia antes do baile, eu encontrei o vestido
esperando por mim - no tamanho certo. Eu posso não ter me importado em ter um
belo vestido novo, mas minha mãe se importou.
Ela se importava em como suas crianças se sentiam sobre si
mesmas. Ela nos imbuiu com um sentido mágico e nos deu habilidade de ver a
beleza mesmo na hora da adversidade.
Na verdade, minha mãe queria que suas crianças se vissem como a
gardênia: encantadora, forte, perfeita, com uma aura mágica e um pouco de
mistério.
O ano em que minha mãe morreu foi o ano em que pararam de
chegar as gardênias.
Autor desconhecido
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